segunda-feira, 23 de junho de 2014


   A  DESELEGÂNCIA  DE  UMA  DEMOCRACIA   DESACREDITADA


 

       Sou um cidadão eleitor independente, nunca pertenci a qualquer partido ou associação político-partidária; como cidadão deste mundo, não pretendo magoar ou ofender ninguém, mas se alguém se sente ofendido, desde já apresento as minhas desculpas, porém faça o seu exame de consciência e, se lhe assentar a carapuça, enterre-a até aos olhos sem os tapar para, ao menos, ver a luz…do dia. 

      Julgo ter sido a primeira vez que não fui votar, que me abstive… porquê?   

                    PORQUE:

1.       Os políticos, a classe política, os partidos políticos, se desacreditaram, se descredibilizaram, funcionam como clubes de futebol…                                                                                         Ressalvo  as excepções e, a esses, o meu respeito e admiração.

2.       Os apoiantes, os apaniguados, agem como as claques clubistas,…gritam, berram, insultam, agridem….Como exemplo, vejamos as atitudes, a verborreia a violência… reveladas em manifestações partidárias e, não só…! De salientar são as atitudes, os maus exemplos de educação, de civismo nas discussões e debates parlamentares em modos e palavras ofensivas, desprestigiantes para quem as profere e para a Instituição que representam.

   Revejam-se nas elegantes frases e atitudes dirigidas a membros do Governo, tais como “…tenha vergonha na cara…”  “o Senhor é um mentiroso…!”

 Lindos exemplos para a televisão transmitir às crianças, jovens e adolescentes em formação!... Se em casa e na escola recebem algumas normas de civismo, as transmissões televisivas destroem tudo!!!    O mais elevado representante do País, Sua Excelência o Senhor Presidente da República, é desrespeitado e insultado nas arruaças, nas Instituições estatais, não pelas claques do Benfica, do Sporting, do Porto…etc., mas por apaniguados políticos e não são os analfabetos…!               Quem é que deve ter vergonha?...  Quem é que não teve vergonha?...     Quem tem vergonha, somos nós, os que ainda temos orgulho da nossa Pátria e somos tratados, não como cidadãos mas como objectos inúteis…!, que temos a noção de que DEMOCRACIA não é arruaceirice nem libertinagem mas exige, pelo menos, civismo, respeito pelos outros e pela sua liberdade  ( que termina onde começa a do próximo…) dignidade, vergonha, carácter, mente sã e consciência, diálogo cívico em palavras, modos e atitudes, formação integral, comportando-se como exemplar.

3.       A política serve para tudo menos para servir o País e os portugueses, especialmente os mais carenciados.    Não os vemos unidos e solidários para estudar e debater os melhores processos de combate à crise que eles nos criaram e à divida soberana que sempre esconderam dos cidadãos;  porém assistimos na televisão e lemos na comunicação social discussões de vidas pessoais de uns e de outros, o disse disse… de A ou de B, as artimanhas e bisbilhotices politiqueiras, o comentário bisbilhoteiro do que disse X… A verdadeira política e democracia são valores que não se coadunam com as práticas de muitos responsáveis.

4.       O poder legislativo, em vez de se debruçar no estudo e elaboração de leis e regulamentos conducentes à elevação da dignidade das pessoas, do ser humano, da sociedade, retirando-nos da vergonhosa situação de protectorado e recuperar a dignidade de País independente e multisecular com orgulhosa História em comparação com a maioria dos seus actuais protectores, invejosos por não terem história, gastam o seu tempo em questiúnculas!

5.       Não me é permitido candidatar-me a qualquer lugar político. - (ser membro de junta de freguesia, integrar o poder autárquico, candidatar-me a deputado da Assembleia da República) – por que sou independente, não sou filiado em partido, só me é permitido integrar qualquer lista eleitoral incorporado num dos partidos existentes, logo, não sou considerado cidadão de pleno direito mas português de categoria Z e, como idoso, um objecto descartável… Onde está a DEMOCRACIA do Estado Português?! Onde paira o Estado de direito ?

6.       Exposições ou requerimentos dirigidos aos Órgãos (políticos) da Administração do Estado, designadamente a Assembleia da República, ficam sem resposta. Os senhores deputados derretem-se em mesuras aos eleitores no período de eleições, depois…nem pessoas são..!!!   Somos escória…!     Sou escória…, porém, “cogito, ergo sum” (penso, logo existo).

7.       Sou cidadão para dar o meu voto, conveniente aos candidatos – (que depois repudiam a confiança que neles depositei) -para aumentar ao número de eleitores no partido A ou B, ao subsídio que vai receber do erário público, dos nossos impostos, dos míseros restos do nosso património constituído pela pensão de reforma e de sobrevivência para que descontámos dezenas de anos e os democratas de hoje nos espoliaram…

8.       Ouvi análises sobre a elevada abstenção das últimas eleições, na generalidade ao sabor das diversas tendências sem que se preocupassem com reais fundamentos por que os eleitores não foram às urnas… que lá não havia defuntos… dignos da sua presença… só papeis sem credibilidade…

É que os eleitores, os cidadãos portugueses, especialmente os idosos, sentem-se humilhados, desrespeitados na sua dignidade humana, insultados na sua inteligência, na sua capacidade pensante, nos princípios cívicos, éticos, morais, bons costumes… O que mostram os debates televisivos na A.R. e diplomas legislativos aprovados com toda a pompa… traindo a confiança de quem os elegeu?-  A prioridade ao debate e aprovação de leis antinaturais, anti-humanas, imorais e vergonhosas num País que se diz cristão, com maioria católica- o aborto, o casamento entre indivíduos do mesmo sexo…; o  ABORTO, por mais que se pretenda disfarçar e justificar, não passa de um crime, a morte de um ser vivo em formação, embora uterino, um menino ou um menina, um ser humano em desenvolvimento; mas não esqueçamos que os encargos com aquele crime ainda são pagos com os dinheiros do Estado, dos nossos impostos;    em situação de crise um verdadeiro Estado de Direito com moralidade e humanidade, independentemente de ideais políticos, antes de espoliar nas pensões de reforma e de sobrevivência aos velhos, carenciados de ajudas e apoio, suprimir tais despesas do Estado, seria mais moral e humano – não se eliminava um rapaz ou rapariga,  uma vida e ajudava se a outra…     UNIÃO  entre pessoas do mesmo sexo, além de antinatural, não é casamento nenhum. Chamem-lhe o que quiserem, a língua portuguesa é rica em vocabulário, escolham outra diferente da palavra casamento. Casamento  é a união de duas pessoas de sexo diferente;  é abusivo, inqualificável ignorar e alterar o significado do substantivo casamento, só possível numa pseudo-democracia.

      “”Amor e fé, nas obras se vê”” -  pelo que as pessoas fazem é que se vê o que elas são

 

Em 26/05/2014

                                                      Vafonso